terça-feira, 21 de agosto de 2012

TOC: O Transtorno Obsessivo-Compulsivo


Possuir rituais ou hábitos repetitivos podem ser positivos e práticos. Mas quando trazem incômodo e interferem no dia a dia, podem ser um sinal de TOC!

Verificar se a porta está fechada, lavar as mãos com frequência, preocupar-se com a arrumação da casa. Todo mundo tem alguma mania. Claro, se você lava as mãos apenas quando necessário ou por questão de higiene, ok. Mas se isso se tornou uma compulsão e obsessão, aí a questão pode ser o TOC ou transtorno obsessivo-compulsivo.
Quer um exemplo clássico? É só lembrar-se do rei Roberto Carlos e suas “superstições” dentro e fora dos palcos. Ele, por exemplo, só usava ternos de cor azul ou branco e evitava ao máximo pessoas que usassem o marrom. Outro famoso que possui a doença é o jogador David Beckham, que declarou recentemente sofrer de TOC e que ainda não conseguiu vencer o distúrbio. Mas o problema não é apenas privilégios para celebridades: quase cinco milhões de brasileiros convivem com o transtorno, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
O TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, é um desvio comportamental que se caracteriza pela presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões. Leia o termo “obsessão” por pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa instantaneamente sem que ela queira.
“O transtorno obsessivo-compulsivo é um dos transtornos de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos compulsivos que levam a comportamentos que fogem do padrão normal da sociedade e causando um incomodo para a própria pessoa, podendo ocorrer tanto em homens quanto mulheres na mesma proporção”, explica o psicólogo clínico Maurício Pinto.
Maurício explica que os sintomas do TOC ocorrem, normalmente, como consequência de alguma situação mal administrada ou mal resolvida pela pessoa como efeito de um trauma, frustração, depressão ou forte estresse. Mas qual o limite entre uma mania que pode ser considerada saudável e em que momento isso vira doença?
“Possuir alguns rituais ou hábitos repetitivos podem ser positivos e práticos. Quando estes se tornam muito frequentes, podem trazer incômodos, interferir no dia a dia da pessoa e podem até a constranger em algumas situações. Em muitos casos, a ansiedade gerada por este transtorno impossibilita que a pessoa leve uma vida normal quando os pensamentos obsessivos se tornam mais frequente”, observa o psicólogo.

O que é?
O TOC, ou Transtorno Obsessivo-Compulsivo, é um transtorno comportamental que se caracteriza pela presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões. Leia o termo ‘obsessão’ por pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa instantaneamente sem que ela queira.
As manias mais comuns
As mais comuns, segundo o psicólogo, são a limpeza de ambientes, lavar coisas e objetos repetidamente, lavar as mãos, contar coisas, arrumar coisas com  precisão demais, verificar se a porta esta trancada várias vezes e várias outras manias que normalmente são consequências de desajustes do estado psicológico da pessoa com TOC.
Diagnóstico do TOC demora
O psicólogo Maurício Pinto explica que os sintomas do TOC ocorrem, normalmente, como consequência de alguma situação mal administrada ou mal resolvida pela pessoa como efeito de um trauma, frustração, depressão ou forte estresse. Apenas 10 anos depois dos primeiros sintomas é que o portador de TOC recebe o diagnóstico de certeza e inicia do tratamento.
A maior parte dos casos é diagnosticada em adultos, embora o transtorno obsessivo-compulsivo possa ocorrer crianças a partir dos 3 a 4 anos de idade. Na infância, o distúrbio costuma ser mais frequente nos meninos e, no final da adolescência, no entanto, é possível dizer que o número de casos é igual para ambos os sexos.

Qual o limite entre mania e a doença?
Qual o limite entre uma mania que pode ser considerada saudável e em que momento isso vira doença? ‘Possuir alguns rituais ou hábitos repetitivos podem ser positivos e práticos. Quando estes se tornam muito frequentes trazem incômodos, interferem no dia a dia da pessoa ou até a constranger. E, em muitos casos, a ansiedade gerada por este transtorno impossibilita que a pessoa leve uma vida normal quando os pensamentos obsessivos se tornam mais frequente’, explica o psicólogo.
O tratamento adequado
O tratamento mais eficiente, para o médico, tem como objetivo trabalhar a causa do problema e a psicoterapianas suas mais diversas formas. Já outros tratamentos, como o medicamentoso, atuam na consequência amenizando os sintomas, mas não atuando na causa. ‘Uma vez trabalhada a causa, ou seja, o motivo que desencadeou estes pensamentos obsessivos e a ansiedade gerada pelos mesmos, os sintomas tendem a ir desaparecendo’, observa o médico.
A importância da família
A família tem um papel fundamental e deve se comportar com paciência e compreensão, pois as manias normalmente fogem do controle da pessoa com TOC. ‘Ficar chamando a atenção dela pode gerar ainda mais ansiedade. O ideal e buscar a causa destes pensamentos e trabalhá-los durante o tratamento’, recomenda o psicólogo.
As reações costumam variar de família para família. No livreto ‘Aprendendo a viver com o TOC’, elaborado pelo Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo (PROTOC), há listado cinco reações bem típicas. Existem as famílias que ajudam nos rituais para manter a paz.
Há as famílias que não participam, mas permitem as compulsões. Também existem aquelas se recusam a tomar conhecimento ou permitem as compulsões na sua presença. Ainda há as famílias que se dividem na sua reação, alguns membros ajudam e outros se recusam. Por fim, existem as famílias cujos membros oscilam entre um extremo e outro tentando encontrar a solução ‘certa’.

Cuidado com os sentimentos de frustração e desesperança
Em qualquer caso, essas reações familiares extremadas ou inconsistentes geram mais sentimentos de frustração e desesperança à medida em que os sintomas obsessivo-compulsivos (SOC) aumentam. À medida que mais se sabe sobre o TOC, mais se pode ser otimista em relação ao tratamento e à recuperação. Recuperação, essa, que se dá com ajuda profissional, compreensão de familiares e amigos e com o tempo.

Fonte: Portal Tempo de Mulher

Um beijo,


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